O Futuro Bilionário da Moda: Como Sua Marca “de novos” pode Entrar na Economia Circular e no Mercado de Second Hand

Natalia Adachi
1 de ago.
4 min de leitura

Atualizado: 5 de ago.

O mercado de segunda mão não é mais uma "alternativa", mas sim o coração pulsante da economia circular de moda e o futuro inevitável para as marcas “de novos” que desejam prosperar e se manter relevantes para uma comunidade e audiência, cada vez mais ligada às questões de sustentabilidade. Preparem-se, pois o futuro da moda é inegavelmente circular!

O Brechó: De nicho “alternativo” a Mercado Bilionário

O mercado global de segunda mão está em uma ascensão meteórica, projetado para ser duas vezes maior que o fast fashion até 2030 e crescer 127% até 2026. Na América Latina, esse crescimento será 4X maior que o varejo tradicional. No Brasil, os brechós faturaram R$ 7 bilhões em 2021, com mais de 13.800 novos estabelecimentos abertos entre 2019 e o primeiro semestre de 2022. Esses números, especialmente impulsionados pela pandemia com um crescimento de 48,58% entre 2020 e 2021, são um sinal claro: a moda sustentável e a economia circular não são mais uma tendência, mas uma realidade consolidada e um caminho essencial para as marcas.

"No futuro, toda marca de moda terá algum projeto, parceria ou setor dentro da empresa, com foco em Moda Circular!" - Natália Adachi @gurudebrecho, palestrante e mentora de brechós

"E o Futuro?": Como Marcas de Moda Podem Abraçar a Economia Circular

Para as marcas de “novos” que buscam se alinhar a essa nova era, Natália Adachi apresentou em sua palestra, no Fórum Ecommerce Brasil, alguns caminhos estratégicos e inovadores para integrar a sustentabilidade e a circularidade nas empresas e grupos de moda:

Venda Direta de Itens de Segunda Mão: As marcas têm a oportunidade de criar novos fluxos de receita e fortalecer sua imagem de sustentabilidade ao começar a vender artigos de segunda mão em suas próprias lojas físicas ou online. Isso não só atrai consumidores conscientes, mas também estende o ciclo de vida de seus próprios produtos.
Parcerias com Plataformas de Revenda (Resale-as-a-Service): O surgimento de empresas de SAAS / resale as a service, como a Reflaunt, é um game-changer. Elas oferecem soluções prontas para que as marcas integrem a revenda em seu modelo de negócios sem a complexidade de construir sua própria infraestrutura, facilitando a entrada no mercado de usados.
Aproveitando Marketplaces Tradicionais: Até plataformas e marketplaces tradicionais, como a Amazon, estão se abrindo para a venda de itens usados. Este é um canal valioso para as marcas expandirem seu alcance, utilizando ecossistemas já estabelecidos para seus produtos de segunda mão.
Design com Valor de Revenda: A mentalidade do consumidor mudou drasticamente. 46% da Geração Z e Millennials já consideram o valor de revenda de um item antes de comprá-lo. Isso sublinha a importância de criar peças duráveis, de alta qualidade e com design atemporal, que mantenham seu valor no mercado secundário. A longevidade se torna um diferencial competitivo.
Integração no Ecossistema de Brechós: O mercado de segunda mão está se profissionalizando, com a criação de grandes grupos de second hand e brechós fazendo parte de grandes grupos varejistas. Marcas podem buscar parcerias estratégicas com esses conglomerados para expandir seu alcance e explorar novas sinergias no mercado de usados.
Apoio de Tecnologias Emergentes: O avanço tecnológico também beneficia a moda circular. Ferramentas de IA e buscadores de second hand, como Beni e Sift, estão tornando a descoberta e a compra de itens usados mais eficientes e acessíveis, impulsionando a fluidez do mercado.
Educação e Marketing Especializado: O ecossistema de moda circular é suportado por empresas de educação, marketing e mídia voltadas para o mercado de brechós, como a @gurudebrecho que é a primeira agência de marketing especializada em atender brechós e marcas de moda que desejam fazer parte da economia circular. As marcas podem se beneficiar imensamente do conhecimento e da expertise dessas empresas para navegar com sucesso nesse novo cenário e se comunicar de forma eficaz com o consumidor consiente.

A Demanda Crescente dos Consumidores

A mudança no comportamento do consumidor é um fator-chave. Dados da ThredUp revelam que 33 milhões de pessoas compraram roupas de segunda mão pela primeira vez em 2020. A porcentagem de "second-hand" no guarda-roupa dos consumidores saltou de 4% em 2011 para 9% em 2021, com projeção de chegar a 18% até 2031. As três principais razões para essa escolha são claras: economizar, comprar marcas melhores e encontrar peças especiais.

O poder de compra das novas gerações é decisivo: 41% dos consumidores que vão comprar vestuário, olham primeiro no second-hand, e 62% da Geração Z diz que procura um item usado antes de de comprar um item novo. No Brasil, essa tendência é igualmente forte, com 56% dos brasileiros declarando já ter feito ao menos uma transação (compra ou venda) de artigos usados.

Convite: dia 21 de Agosto de 2025, acontecerá a 3º edição do evento ANUAL chamado Brechó Day. É o meu evento de palestras, mentoria e networking para don@s de brechó e empreendedores interessados em moda sustentável e economia circular. Garanta seu ingresso AQUI!

Conclusão

Para as marcas de moda, a economia circular não é apenas uma responsabilidade ambiental ou uma estratégia de marketing; é uma oportunidade de negócio estratégica e uma necessidade para a longevidade.

Integrar a revenda, apostar na longevidade dos produtos e entender o valor do second-hand é essencial para prosperar em um mercado cada vez mais consciente e sustentável.

As marcas que abraçarem essa transformação estarão à frente, moldando o futuro da moda.

E aí? Qual o próximo passo da sua marca rumo à circularidade?

Nós da Guru de Brechó podemos te orientar nessa jornada!

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